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Jumbo Offshore completa pela primeira vez a instalação do sistema de ancoragem de torpedos da Petrobras com apenas uma embarcação

Adicionando à sua lista de ´marcos’ de projetos, a Jumbo Offshore executou o transporte e instalação de um sistema de ancoragem de torpedo, para ancorar risers flexíveis, umbilicais e o FPSO Guanabara do consórcio de Libra¹. Embora esse tipo de instalação possa exigir a mobilização de até três anchor handling tugs (rebocadores de manuseio de âncoras), a Jumbo executou todo o contrato usando apenas o seu navio de instalação offshore Fairplayer J-class, que trabalhou no campo de Mero, na Bacia de Santos no Brasil.

O Consórcio de Libra é operado pela Petrobras (38.6%), em parceria com a Shell Brasil (19.3%), TotalEnergies (19.3%), CNPC (9.65%) e CNOOC (9.65%), tendo a Pré-Sal Petróleo S.A (PPSA)(3.5%), representando a União na área não contratada.

A Jumbo começou a investigar isso com a ambição de oferecer um método de instalação mais eficiente e sustentável. “Nossos primeiros estudos para encontrar uma solução viável começaram por volta de 2010”, diz Brian Boutkan, diretor comercial e de desenvolvimento de negócios da Jumbo nas Américas.

A Jumbo realizou o projeto no primeiro, segundo, terceiro e quarto trimestres de 2021; e seu escopo de trabalho consistiu na instalação de 24 estacas torpedo de T-120, amarras e cabos de Poliéster, e na instalação de 11 estacas torpedo T-35 para ancoragem dos risers flexíveis e umbilicais de controle. O trabalho também incluiu o pre lay survey do fundo do mar e remoção de obstáculos, e post-lay survey.

O sistema de ancoragem de torpedos é um método desenvolvido internamente pela Petrobras para ancorar grandes estruturas flutuantes, como FPSOs. O processo de instalação envolve a descida da estaca torpedo a uma profundidade definida acima do fundo do mar. Em seguida, é liberado em queda livre em alta velocidade na água antes de penetrar no fundo do mar. Um ROV é então usado para anexar as correntes e linhas de ancoragem. Até o método da Jumbo de usar um único navio para instalação, esse procedimento geralmente era realizado por dois anchor handling vessels (embarcações de manuseio de âncoras) trabalhando em conjunto, e às vezes até uma terceira embarcação era utilizada para realizar o trabalho de survey com ROV.

Jumbo Fairplayer 

Inclinação, içamento e lançamento

O Fairplayer iniciou o projeto com as estacas T-120, usando um de seus dois guindastes de 900 toneladas para incliná-las sobre a lateral da embarcação e, em seguida, içá-las até a profundidade de ‘lançamento’.

Após uma verificação final da localização, o torpedo pode ser lançado em queda livre no fundo do mar. “Trabalhar com uma embarcação permitiu um processo muito mais controlado”, observa Boutkan. “Além disso, em comparação com campanhas anteriores com navios de manuseio de âncoras, as operações no porto também foram mais eficientes. O Fairplayer tem seus próprios guindastes, o que significa que podemos pegar o equipamento por conta própria. E a embarcação tem um grande convés, então ela carregava mais torpedos e precisava de menos viagens ao porto.”

Condições offshore

Repetindo esse processo 24 vezes, a equipe da Jumbo aumentou sua exequibilidade e eficiência no processo de instalação. “Sempre há ondas e swell quando se trabalha na região do Atlântico Sul, offshore Brasil. Durante a instalação nos enfrentamos todas as estações, do verão até o inverno, o que definitivamente nos proporcionou alguns desafios, mas melhoramos nossa eficiência no trabalho com as estacas a ponto de poder instalá-las mesmo em ondas altas.”

O projeto avançou com a instalação das estacas de ancoragem menores de 35 toneladas. Embora isso exigisse um método de instalação ligeiramente diferente, a Jumbo teve a flexibilidade de fazer as alterações necessárias para fornecer um pacote abrangente de instalação de ancoragem que incluía o risers flexiveis e umbilicais.

Porto de Santos, Brasil

Entrega do projeto sem twist

O projeto foi concluído com a campanha de instalação da linha de ancoragem. As linhas de ancoragem consistiam em segmentos de corrente e poliéster, de modo que a Jumbo precisava de dois sistemas overboarding separados. Boutkan explica: “Depois de prender a linha de ancoragem ao torpedo, colocamos a corrente e o restante do cabo de ancoragem em um corredor predeterminado no fundo do mar. É importante não ter muitos twists na linha, então verificamos isso usando o ROV sobre a amarração instalada.”

Olhando para o contrato recentemente concluído, o gerente de projeto da Jumbo, Rick Bruinsma, destaca os principais fatores para o sucesso do projeto. “A habilidade da equipe de engenharia, juntamente com um programa de melhoria contínua bem-sucedido envolvendo todas as disciplinas, levou à redução do tempo do ciclo de instalação ao longo de toda a campanha offshore. Além disso, nosso foco constante em segurança resultou em zero LTIs. E toda essa operação foi livre de COVID – a saúde da tripulação foi assegurada e o projeto não foi prejudicado ou interrompido pelo COVID durante a campanha de instalação. Por isso, nossa equipe de projeto, equipes e departamentos de operações merecem um grande elogio por manter tudo funcionando.”